Ex-Ministro e Ajudante de Bolsonaro tem destinos divergentes

Ex-Ministro e Ajudante de Bolsonaro enfrentam destinos divergentes. O Drama do Ex-Ministro da Justiça Após a Prisão. E a Inelegibilidade de Bolsonaro?

Da Prisão à Rotina Agitada: A Surpreendente Vida do Ex-Ajudante de Ordens de Bolsonaro!

Anderson Torres e Mauro Cid, figuras proeminentes no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente enfrentam caminhos distintos em suas vidas após serem alvos de investigações no Supremo Tribunal Federal (STF) em decorrência dos ataques golpistas ocorridos em 8 de janeiro deste ano.

Enquanto Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do governo, permanece detido há 80 dias no Batalhão de Polícia do Exército, em Brasília, Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, aguarda em liberdade a conclusão dos inquéritos, após ter passado 117 dias preso de janeiro a maio deste ano.

A rotina de Mauro Cid na prisão parece ser ativa, mas também tem sido um desafio para o tenente-coronel. Diariamente, ele é autorizado a sair de sua cela para um breve banho de sol e exercícios físicos em uma praça do local, acompanhado de outro militar.

Detalhe da mesa do Ajudante de Ordens do Presidente da República com o brasão da república ao fundo - Foto: Marcos Corrêa/PR

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Contudo, ele tem demonstrado desconforto com a ociosidade e se mantém ocupado lendo livros fornecidos por seu advogado e recebendo orientação religiosa de pastores. Além disso, Cid tem dedicado parte do seu tempo à escrita, fazendo anotações que possam ser úteis em sua defesa, a qual nega veementemente qualquer tipo de irregularidade.

Por outro lado, Anderson Torres tem enfrentado seu período de liberdade com algumas restrições. Monitorado por tornozeleira eletrônica, o ex-ministro é obrigado a se apresentar à Justiça semanalmente por videoconferência e está impedido de se comunicar com outros investigados e de utilizar redes sociais, por decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes.

Como resultado, ele abdicou do uso do celular e tem passado a maior parte do tempo em casa, onde recebe visitas de familiares. Enquanto Mauro Cid enfrenta uma prisão com limitações e restrições, o ex-ministro Anderson Torres parece lidar com o abatimento e o peso emocional resultantes de sua detenção anterior. 

Ele desenvolveu quadros de depressão e tem sido afetado pela preocupação com o processo administrativo aberto na Polícia Federal, que pode levar à perda de seu cargo de delegado e afetar a renda de sua família.

Flávio Dino promete 'julgamento justo' de Anderson Torres enquanto PF determina devolução de salários recebidos enquanto estava preso - Foto: Isac Nóbrega/PR

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Vale ressaltar que o ex-presidente Jair Bolsonaro, a quem ambos serviram como fiéis escudeiros, tem sido afetado indiretamente pela situação de seus antigos colaboradores.

Com a inelegibilidade de Bolsonaro decretada pelo STF em razão das investigações envolvendo suas ações após os ataques de 8 de janeiro, a presença de apoio público vindo de seus aliados, incluindo Mauro Cid, torna-se mais delicada. 

No entanto, membros do "grupo político Forças Armadas" têm buscado articular esforços para garantir o suporte necessário a Cid e, consequentemente, a Bolsonaro.

O caso de Anderson Torres e Mauro Cid continua a ser acompanhado de perto pela sociedade brasileira e pelos círculos políticos, e suas decisões e desfechos podem ter implicações significativas para o cenário político do país e para a possível participação futura do ex-presidente nas eleições.

O desenrolar dessas investigações certamente terá reflexos sobre o destino político dos envolvidos e do próprio Jair Bolsonaro.