Setor imobiliário quer que nova regra fiscal contenha juros

O mercado imobiliário brasileiro tem experimentado um forte crescimento em 2022, impulsionado por fatores como a estabilidade econômica e a ...

O mercado imobiliário brasileiro tem experimentado um forte crescimento em 2022, impulsionado por fatores como a estabilidade econômica e a queda nas taxas de juros. O setor tem sido um dos principais responsáveis pelo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país, empregando uma grande quantidade de trabalhadores e gerando uma significativa arrecadação de impostos.

Com a proposta de reformas apresentadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o futuro do mercado imobiliário parece ainda mais promissor. A nova regra fiscal proposta por Haddad tem como objetivo abrir espaço para a redução das taxas de juros, o que pode beneficiar ainda mais o setor imobiliário. Segundo Luiz Antonio França, presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), a redução da taxa básica de juros é essencial para a construção civil e pode impulsionar ainda mais o crescimento do mercado imobiliário.

A Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) tem enfatizado a importância de uma nova regra fiscal para conter os juros e permitir a redução da taxa básica, Selic, que atualmente está em 13,75% ao ano. Segundo a Abrainc, a construção civil responde por 7% do PIB, 10% da força de emprego e 9% da arrecadação de impostos no país, o que torna a redução da Selic essencial para o setor. A proposta de arcabouço fiscal será entregue hoje pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

De acordo com a Abrainc, é importante que o Congresso aprove rapidamente a nova regra fiscal. A associação ainda destacou que a construção civil depende da redução da taxa básica e que o setor é fundamental para a economia do país.

O desenho da nova regra fiscal ainda não foi divulgado, mas o objetivo do Ministério da Fazenda é acabar com o déficit primário em 2024. A pasta projeta um resultado primário negativo de aproximadamente R$ 100 bilhões para este ano. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reunirá na próxima semana para decidir sobre a Selic.

Haddad e Campos Neto, presidente do Banco Central, têm mantido contato frequente para monitorar as turbulências financeiras internacionais causadas pelo Credit Suisse e bancos menores americanos. A ideia do ministro da Fazenda é harmonizar as políticas fiscal e monetária para permitir cortes de juros. Para a Abrainc, o mercado bancário do Brasil é saudável e muito regulado pelo Banco Central, e os problemas dos bancos no exterior não devem afetá-lo.

Além disso, a proposta de Haddad também pode trazer outras mudanças significativas para o setor imobiliário. A harmonização das políticas fiscal e monetária, por exemplo, pode permitir que o Banco Central promova cortes de juros de forma mais consistente, o que pode impulsionar ainda mais o crescimento do mercado imobiliário.

Apesar de ainda não se conhecer todos os detalhes da proposta de Haddad, a expectativa é de que ela seja "flexível, crível e factível", como afirmou a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet. Com uma regra fiscal mais clara e consistente, o mercado imobiliário pode continuar a crescer de forma sustentável nos próximos anos, gerando empregos e impulsionando o desenvolvimento econômico do país.