MTEC Energia

PL em Goiás enfrenta "jogo triplo" para 2026

Partido de Valdemar Costa Neto define estratégia para a próxima eleição em Goiás com apoio a Vilela, candidatura de Wilder ou foco no Senado

Partido avalia apoiar Daniel Vilela, lançar Wilder Morais ao governo ou eleger dois senadores em 2026, em meio a divisões internas e articulações com Bolsonaro e Caiado

Goiânia, 26 de maio de 2025 – O Partido Liberal (PL) em Goiás vive um momento de intensas articulações políticas com vistas às eleições de 2026, conforme revelam fontes próximas ao partido. Diante de um cenário político dinâmico, a legenda, liderada pelo senador Wilder Morais, avalia três estratégias distintas: apoiar a candidatura do vice-governador Daniel Vilela (MDB) ao governo estadual, lançar o próprio Wilder Morais como candidato ao Palácio das Esmeraldas ou priorizar a eleição de dois nomes ao Senado, fortalecendo a bancada federal do partido.

O PL, que se consolidou como uma força significativa em Goiás sob a influência do ex-presidente Jair Bolsonaro, enfrenta um dilema estratégico. De um lado, a possibilidade de apoiar Daniel Vilela, atual vice-governador e nome forte para suceder Ronaldo Caiado (União Brasil), ganha força entre prefeitos e lideranças municipais do partido. Essa ala, representada por figuras como Carlinhos do Mangão, prefeito de Novo Gama, e Jerônymo Siqueira, de São Miguel do Araguaia, vê na aliança com Vilela uma oportunidade de manter influência na base governista, especialmente após o fraco desempenho do PL nas eleições municipais de 2024, quando elegeu apenas 26 prefeitos, bem abaixo das expectativas iniciais.

Por outro lado, Wilder Morais, presidente estadual do PL, mantém a intenção de disputar o governo de Goiás, respaldado por Bolsonaro. Eleito senador em 2022 com 25,25% dos votos, Wilder pode concorrer ao governo sem perder seu mandato no Senado, que vai até 2030, o que lhe confere uma posição confortável para a disputa. No entanto, sua pré-candidatura enfrenta resistência interna, especialmente entre prefeitos que temem o isolamento político do partido caso insista em uma chapa própria. “O projeto de disputar o governo em 2026 nem é do PL, é de Wilder Morais. Ele não ouve as bases”, criticou um prefeito do partido, em declaração ao Jornal Opção.

A terceira via em análise pelo PL é focar na eleição de dois candidatos ao Senado, com nomes como o deputado federal Gustavo Gayer e o vereador Major Vitor Hugo, que já manifestaram interesse na vaga. Essa estratégia ganhou força após Bolsonaro sinalizar que a prioridade do partido em 2026 será fortalecer a bancada no Senado, visando eleger até 60% dos senadores em todo o país. Major Vitor Hugo, em particular, tem se aproximado de Daniel Vilela, articulando uma possível composição que garantiria uma vaga ao Senado na chapa governista, o que gerou tensões internas. O deputado Gustavo Gayer, por sua vez, acusou Vitor Hugo de “entreguismo” ao negociar com o MDB, evidenciando a crise no PL goiano.

A relação entre o PL e a base de Ronaldo Caiado também é um ponto central no tabuleiro político. Wilder Morais, que já foi aliado de Caiado, sinalizou abertura para uma aliança com a primeira-dama Gracinha Caiado, que deve disputar o Senado em 2026. “Temos uma boa convivência e nenhuma dificuldade nesse sentido”, afirmou o senador em entrevista ao *Diário de Goiás*. No entanto, sua proximidade com Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que opera para evitar acordos com Caiado, pode complicar essa costura.

Analistas políticos, como Guilherme de Carvalho, apontam que Wilder Morais entra na disputa de 2026 com chances reais, especialmente se contar com o apoio de Bolsonaro e do eleitorado bolsonarista. Contudo, a falta de apoio de prefeitos e a divisão interna no PL podem enfraquecer sua candidatura. Enquanto isso, Daniel Vilela lidera as pesquisas de intenção de voto, with 24% segundo a Quaest/Genial, beneficiado pela alta aprovação do governo Caiado (86%).

O PL em Goiás, portanto, está diante de um “jogo triplo” que definirá seu futuro político. A decisão entre compor com Vilela, lançar Wilder ao governo ou priorizar o Senado dependerá das articulações nos próximos meses e do peso de Bolsonaro nas negociações. Até lá, o partido segue navegando em um cenário de incertezas, divisões e estratégias múltiplas.

COMENTÁRIOS

CANAÃ TELECOM

TÉCNICO INDUSTRIAL$type=complex$count=8$l=0$cm=0$rm=0$d=0$host=https://www.etormann.tk

Carregar todos os posts Nenhum post encontrado Ver Tudo Mais Responder Cancelar resposta Deletar Por Início Pág. Posts Ver mais Relacionadas Marcador Arquivo BUSCAR Tudo Sua busca não encontrou nada Voltar Domingo Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sáb Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Jan Fev Mar Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov Dez agora Há 1 minuto Há $$1$$ minutos Há 1 hora Há $$1$$ horas Ontem Há $$1$$ dia Há $$1$$ Semanas Há mais de 5 semanas Seguidores Seguir Este conteúdo está bloqueado Passo 1: Compartilhe em sua rede social Passo 2: Clique no link compartilhado para retornar Copiar todo o código Selecionar todo o código All codes were copied to your clipboard Can not copy the codes / texts, please press [CTRL]+[C] (or CMD+C with Mac) to copy Súmário