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Marketing político ou estratégia de poder?

Aliados torcem pela prisão de Bolsonaro para ocupar seu espaço, enquanto ele tenta transferir influência para a família.

A campanha pela anistia é uma tática para manter holofotes e criar mártires, sem intenção real de libertar os golpistas. Manifestação por anistia na Avenida Paulista - Foto Roberto Parizotti

Movimento de direita e a campanha pela anistia enquanto "aliados" de Bolsonaro o querem preso


Em meio ao cenário político conturbado no Brasil, o historiador e mestre em relações internacionais Fernando Horta analisa o movimento de direita que defende a anistia de golpistas, classificando-o como uma estratégia de marketing político. Segundo Horta, a campanha pela anistia não visa, de fato, libertar os envolvidos em atos antidemocráticos, mas sim capitalizar politicamente com a imagem de "mártires" da causa.

Horta destaca que, paradoxalmente, muitos dos aliados de Jair Bolsonaro torcem pela prisão do ex-presidente. "Há uma luta entre essas lideranças fascistas para que Bolsonaro não seja o grande líder, mas sim um inspirador social do movimento. Eles querem Bolsonaro preso, vilipendiado, até para pintar um quadro dele como um mártir", afirma o historiador. A intenção, segundo ele, é transformar Bolsonaro em um símbolo de resistência, enquanto outras figuras, como Pablo Marçal, Pastor Malafaia e Nicolas Ferreira (conhecido como "Chupetinha"), buscam ocupar o espaço político deixado pelo ex-presidente.

A campanha pela anistia, portanto, não seria sincera, mas sim uma ferramenta para manter os holofotes sobre os envolvidos nos atos golpistas. "Se você perguntar a qualquer membro do Parlamento em Brasília, eles vão te dizer exatamente isso: a campanha da anistia é para que não haja anistia. É para que essa gente continue sofrendo na cadeia", explica Horta. Dessa forma, os líderes fascistas lucram com a formação de um sentimento de pena em relação aos presos, que passam a ser vistos como "heróis" que lutaram até o fim por uma causa.

Além disso, Horta ressalta que a prisão de Bolsonaro e a manutenção dos golpistas atrás das grades servem para consolidar o poder dessas lideranças, que não precisam dividir espaço com o ex-presidente. "Eles ganham com os holofotes que vão ser lançados para eles e não dividem poder com absolutamente ninguém", afirma.

Enquanto isso, Bolsonaro parece consciente de sua perda de influência política e já começa a preparar o terreno para a ascensão de familiares, como seu filho e sua esposa, na tentativa de manter o legado político da família. No entanto, a estratégia de marketing em torno da anistia e a disputa interna pelo poder dentro do movimento de direita sugerem que o ex-presidente pode estar cada vez mais isolado.

A campanha pela anistia, portanto, revela-se menos sobre justiça e mais sobre uma batalha pelo controle narrativo e político dentro da direita brasileira. Enquanto isso, a sociedade acompanha atenta os desdobramentos de um movimento que, segundo Horta, usa a imagem de seus líderes como moeda de troca em um jogo de poder que parece longe de acabar.

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