Decisão será remetida ao plenário, que votará se determina ou não a perda de mandato do parlamentar. Caso confirmado, ele ficará inelegível ...
Decisão será remetida ao plenário, que votará se determina ou não a perda de mandato do parlamentar. Caso confirmado, ele ficará inelegível
São Paulo – O Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) decidiu cassar nesta terça-feira (12/4) o mandato do deputado estadual Arthur do Val (União), conhecido como Mamãe Falei, por suas falas sobre mulheres ucranianas.
Agora, a decisão será remetida ao plenário, que votará se determina ou não a perda de mandato. Caso confirmado, Arthur do Val ficará inelegível por oito anos.
O colegiado acolheu, por unanimidade, o parecer do relator do processo, Delegado Olim (PP), que recomendou a perda de mandato por quebra de decoro parlamentar.
No início de março, Do Val disse que mulheres ucranianas “são fáceis porque são pobres”, entre outras declarações machistas. O caso foi revelado pela coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles.
A Alesp tem 94 deputados. No plenário, é necessário que ao menos 48 votem a favor da cassação de Arthur do Val.
Agora, a decisão será remetida ao plenário, que votará se determina ou não a perda de mandato. Caso confirmado, Arthur do Val ficará inelegível por oito anos.
O colegiado acolheu, por unanimidade, o parecer do relator do processo, Delegado Olim (PP), que recomendou a perda de mandato por quebra de decoro parlamentar.
No início de março, Do Val disse que mulheres ucranianas “são fáceis porque são pobres”, entre outras declarações machistas. O caso foi revelado pela coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles.
A Alesp tem 94 deputados. No plenário, é necessário que ao menos 48 votem a favor da cassação de Arthur do Val.
Votos e tumultos
A sessão do Conselho de Ética teve início por volta das 14h15 e foi marcada por discussões entre os deputados, por protestos da militância do Movimento Brasil Livre (MBL) que estava presente no local e por discursos exaltados dos parlamentares.
No início, os deputados deliberaram sobre um pedido de Arthur do Val, que requereu uma reunião a portas fechadas com os membros do conselho antes da votação – o que foi negado pela maioria. Ele acompanhou a votação no local, em silêncio.
O relator, delegado Olim, afirmou em seu voto que as falas de Do Val “foram corroboradas pelas publicações do próprio representado divulgadas pela imprensa e jamais foram negadas por sua defesa técnica”, portanto as considera um fato confirmado.
Olim destacou que os áudios merecem “total repúdio, recriminação, repulsa e abominação” e que “não importam as origens desses áudios, vez que ratificados integralmente pelo representado, até no teor de sua defesa”. Ainda destacou que o processo na Alesp não é ferramenta de revanchismo ou jogo político, e sim a “correta prestação de justiça”.
O deputado Barros Munhoz (PSDB), ao votar pela cassação, disse que recebeu ameaças de defensores de Do Val. “Eu vivi 1964, eu me lembro onde eu estava quando eclodiu o golpe. E eu nunca vi o que estou vendo agora, essas ameaças que estamos recebendo, isso é uma covardia. ‘Você que ouse votar a favor da cassação do Arthur do Val, o bagulho vai ficar louco para seu lado’. E não é o pior, o pior é um que ameaça a desgraça minha e da minha família. Isso não é político. Eu não tenho dúvida em dizer que temos que cassar o mandato”, falou.
A deputada Marina Helou (Rede) analisou que a cassação é necessária “para que a gente possa dar a todas as mulheres respeito neste país”. Já a deputada Erica Malunguinho (PSol) afirmou: “Meu posicionamento não é contra essa pessoa, mas contra essa atitude. A política brasileira não pode mais ser palco para violências”.
A sessão do Conselho de Ética teve início por volta das 14h15 e foi marcada por discussões entre os deputados, por protestos da militância do Movimento Brasil Livre (MBL) que estava presente no local e por discursos exaltados dos parlamentares.
No início, os deputados deliberaram sobre um pedido de Arthur do Val, que requereu uma reunião a portas fechadas com os membros do conselho antes da votação – o que foi negado pela maioria. Ele acompanhou a votação no local, em silêncio.
O relator, delegado Olim, afirmou em seu voto que as falas de Do Val “foram corroboradas pelas publicações do próprio representado divulgadas pela imprensa e jamais foram negadas por sua defesa técnica”, portanto as considera um fato confirmado.
Olim destacou que os áudios merecem “total repúdio, recriminação, repulsa e abominação” e que “não importam as origens desses áudios, vez que ratificados integralmente pelo representado, até no teor de sua defesa”. Ainda destacou que o processo na Alesp não é ferramenta de revanchismo ou jogo político, e sim a “correta prestação de justiça”.
O deputado Barros Munhoz (PSDB), ao votar pela cassação, disse que recebeu ameaças de defensores de Do Val. “Eu vivi 1964, eu me lembro onde eu estava quando eclodiu o golpe. E eu nunca vi o que estou vendo agora, essas ameaças que estamos recebendo, isso é uma covardia. ‘Você que ouse votar a favor da cassação do Arthur do Val, o bagulho vai ficar louco para seu lado’. E não é o pior, o pior é um que ameaça a desgraça minha e da minha família. Isso não é político. Eu não tenho dúvida em dizer que temos que cassar o mandato”, falou.
A deputada Marina Helou (Rede) analisou que a cassação é necessária “para que a gente possa dar a todas as mulheres respeito neste país”. Já a deputada Erica Malunguinho (PSol) afirmou: “Meu posicionamento não é contra essa pessoa, mas contra essa atitude. A política brasileira não pode mais ser palco para violências”.
Leia a matéria na íntegra no Portal Metrópole
Legenda: Diga Deputado | Manuela Sá - Fotos: Carol Jacob/Alesp
Legenda: Diga Deputado | Manuela Sá - Fotos: Carol Jacob/Alesp
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