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Trump confunde o ataque do 8 de janeiro com violência urbana e ainda relaciona o ato golpista da extrema direita com o governo de Lula

Trump compara Brasília a capitais violentas e liga ataque de 8/1 a Lula para atacar o Brasil. Ataque extremista é similar ao do Capitólio em 2021.

O presidente dos EUA, Donald Trump, causou polêmica ao citar Brasília como uma das capitais mais violentas do mundo, associando o ataque golpista de 8 de janeiro de 2023 à violência urbana e ao governo Lula. - Foto: Daniel Torok / White House
O presidente dos EUA, Donald Trump, causou polêmica ao citar Brasília como uma das capitais mais violentas do mundo, associando o ataque golpista de 8 de janeiro de 2023 à violência urbana e ao governo Lula - Foto: Daniel Torok / White House

Ibaneis Rocha enviou carta diplomática após presidente dos EUA incluir Brasília na lista de capitais violentas

Em discurso proferido em 11 de agosto de 2025, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, causou polêmica ao citar Brasília como uma das capitais mais violentas do mundo, comparando-a a cidades como Bogotá e Bagdá.

A declaração, feita durante o anúncio de uma intervenção federal na segurança de Washington, D.C., dá a impressão de que o chefe de estado americano associa equivocadamente o ataque golpista de 8 de janeiro de 2023 no Brasil à violência urbana e, de forma implícita, ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A fala ignora o contexto político do ato, promovido por apoiadores da extrema direita, em um movimento semelhante ao ataque ao Capitólio dos EUA em 6 de janeiro de 2021, após sua derrota para Joe Biden nas eleições americanas.

A declaração de Trump foi rebatida pelo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), em carta enviada no dia 12 de agosto. Ibaneis corrigiu os dados apresentados pelo presidente americano, que afirmou que Brasília teria uma taxa de 13 homicídios por 100 mil habitantes. 

Segundo o Atlas da Violência 2024, do Ipea e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a taxa real é de 6,9 homicídios por 100 mil habitantes, a terceira menor entre as capitais brasileiras e a mais baixa do Distrito Federal em 48 anos. 

O governador atribuiu o resultado a políticas públicas locais, como o programa Segurança Integral, e criticou a falta de diálogo entre o governo federal brasileiro e os EUA, sugerindo que isso contribuiu para as informações imprecisas de Trump.

Governador do DF manda carta a Trump com crítica a Lula e defesa de diálogo
Ataque do 8 de Janeiro: Na foto o Secretário de segurança do DF Anderson Torres preso após a invasão os prédios dos Três Poderes em Brasília ao lado do Governador Ibaneis Rocha  - Foto:Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília

A tentativa de Trump de vincular o ataque de 8 de janeiro à violência urbana e ao governo Lula desconsidera o fato de que o ato foi orquestrado por grupos de extrema direita, muitos dos quais apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, derrotado por Lula nas eleições de 2022.

O ataque, que envolveu a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes em Brasília, foi uma tentativa de desestabilizar o governo recém-empossado de Lula, em um paralelo evidente com o ataque ao Capitólio, perpetrado por apoiadores de Trump inconformados com sua derrota eleitoral. Ambos os eventos compartilham raízes em movimentos extremistas que questionaram resultados eleitorais legítimos, mas Trump omitiu essa conexão em seu discurso.

A carta de Ibaneis, embora focada em corrigir os dados sobre violência, também assumiu tom político, com críticas ao governo Lula e uma defesa do alinhamento com os EUA. A iniciativa gerou reações no Brasil. A ministra Gleisi Hoffmann destacou que a segurança no DF depende de repasses federais e criticou a gestão de Ibaneis, enquanto deputados distritais, como Gabriel Magno, classificaram a carta como “submissa”. Já Daniel de Castro, da base governista, elogiou a postura de Ibaneis como diplomática.

O discurso de Trump reflete não apenas uma distorção dos índices de violência em Brasília, mas também uma narrativa que ignora as semelhanças entre os ataques golpistas no Brasil e nos EUA, ambos impulsionados por movimentos de extrema direita. A tentativa de associar o 8 de janeiro ao governo Lula reforça uma retórica que descontextualiza os fatos, obscurecendo o papel de lideranças extremistas, como o próprio Trump, em episódios de violência política.

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