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Opinião - Empresas precisam mais de empatia do que de IA

Crédito: divulgação/BRW Bruno Borgonovo* Vivemos tempos que desafiam o comum. As barreiras caem à medida que a inteligência artificial (IA) ...


Crédito: divulgação/BRW

Bruno Borgonovo*

Vivemos tempos que desafiam o comum. As barreiras caem à medida que a inteligência artificial (IA) e outras tecnologias avançam a passos largos, despertando tanto ansiedade quanto fascínio. Líderes e colaboradores percebem riscos, mas também enxergam oportunidades inéditas. Agora, mais do que nunca, o que nos diferencia são a empatia, o pensamento crítico e a curiosidade — forças capazes de transformar desafios em inovações que impulsionam resultados para empresas, pessoas e a sociedade. Quem souber desenvolver e ampliar essas capacidades de forma prática e contínua se destacará; os que hesitarem ficarão para trás.

Segundo um estudo da Deloitte, 73% dos líderes reconhecem a importância de alinhar as capacidades humanas ao ritmo da inovação, mas apenas 9% afirmam ter avançado nesse equilíbrio. Essa lacuna revela um déficit de imaginação que pode custar caro: sem o cultivo da curiosidade, da empatia e do pensamento divergente, as organizações correm o risco de se tornarem obsoletas, enquanto seus colaboradores perdem o sentido e a motivação em suas carreiras.

A transformação digital tem demonstrado que habilidades técnicas, embora fundamentais, já não são suficientes para garantir a competitividade sustentável. No livro Drive: The Surprising Truth About What Motivates Us, Daniel Pink reforça que a motivação intrínseca, alimentada por curiosidade e autonomia, é decisiva para impulsionar a criatividade nos ambientes corporativos.

Mas como incentivar a criatividade e criar uma cultura que estimule a empatia, a inovação e o pensamento divergente na organização? Algumas estratégias incluem:

  1. Realizar avaliações detalhadas para mapear as capacidades existentes, com ênfase em habilidades como empatia, curiosidade e pensamento crítico. Ferramentas de feedback 360°, testes psicométricos e análises comportamentais podem fornecer insights valiosos.
  2. Implementar programas de treinamento focados em competências humanas, como workshops, mentorias e dinâmicas que estimulem a criatividade e a resolução colaborativa de problemas.
  3. Criar espaços e momentos dedicados à experimentação e à cocriação, permitindo que os colaboradores testem novas ideias sem medo do fracasso. A adoção de metodologias ágeis e a realização de hackathons internos podem incentivar a inovação.
  4. Promover uma cultura de feedback contínuo, na qual as ideias sejam valorizadas e as falhas vistas como oportunidades de aprendizado.
  5. Delegar maior autonomia para que equipes e profissionais possam definir e executar projetos que utilizem suas habilidades criativas, incentivando a tomada de decisões descentralizada e a liderança colaborativa.
  6. Utilizar tecnologias emergentes para potencializar as capacidades humanas, e não para substituí-las. A IA pode ser uma aliada na análise de dados e na automação de tarefas repetitivas, liberando tempo para atividades estratégicas e criativas.
  7. Estabelecer governança para assegurar que o uso da tecnologia esteja alinhado ao desenvolvimento sustentável dos recursos humanos, evitando vieses e promovendo a diversidade de pensamento.

Exemplos práticos demonstram que essa abordagem gera resultados positivos. Famoso pelo programa do "20% do tempo", o Google permite que seus funcionários dediquem parte da jornada ao desenvolvimento de projetos pessoais. Essa prática fomentou inovações significativas, como o Gmail e o Google Maps.

Com o programa Kickbox, a Adobe oferece um kit de ferramentas e recursos para que os colaboradores experimentem e validem novas ideias, criando um ambiente propício à inovação contínua. A Lego investe em laboratórios de inovação e competições internas para estimular o pensamento criativo, tornando-se um símbolo de imaginação e experimentação. Sob a liderança de Satya Nadella, a Microsoft tem promovido uma cultura de colaboração e resolução criativa de problemas, implementando laboratórios internos de inovação que incentivam os colaboradores a propor e testar novas soluções.

Investir no desenvolvimento das capacidades humanas não é apenas uma resposta aos desafios atuais, mas uma estratégia para construir organizações resilientes e adaptáveis. Ao promover um ambiente que valorize a criatividade, a empatia e a curiosidade, as empresas estarão mais preparadas para enfrentar as incertezas do mercado e transformar desafios em oportunidades de crescimento.

A transformação exige ação imediata. Líderes e gestores precisam definir metas claras para integrar essas práticas à estratégia organizacional e acompanhar continuamente os resultados. Assim, mesmo em uma era de avanços tecnológicos disruptivos, o fator humano continuará sendo o principal motor da inovação e da diferenciação.

*Bruno Borgonovo é fundador e CEO da BRW Suprimentos.


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