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Por que fazer política vai além do Congresso

Lula, em discurso emocionado na Marcha das Margaridas: "É preciso criar uma cultura de respeito no campo e nas cidades, não toleramos m...

Lula, em discurso emocionado na Marcha das Margaridas: "É preciso criar uma cultura de respeito no campo e nas cidades, não toleramos mais a discriminação" (Ricardo Stuckert)
Lula, em discurso emocionado na Marcha das Margaridas: "É preciso criar uma cultura de respeito no campo e nas cidades, não toleramos mais a discriminação" (Ricardo Stuckert)

E o que o PT precisa aprender com isso


Neste momento de intensa polarização e desafios para a esquerda brasileira, o jornalista e ex-deputado federal Rui Falcão traz uma reflexão contundente sobre o papel da política e os erros que partidos como o PT precisam evitar para se reconectar com a população. Em uma análise que vai além das críticas convencionais, Falcão aponta que a transformação social não se resume a eleições a cada dois anos, mas exige uma presença constante no território, ouvindo as demandas reais da população e incorporando lutas que vão desde a jornada de trabalho até o combate ao racismo e à desigualdade de gênero.

A desconexão dos partidos com a vida real

Falcão critica a desconexão dos partidos políticos com o cotidiano das pessoas. Ele argumenta que muitos políticos tratam mandatos como profissões, e não como missões, o que os afasta das necessidades reais da população. "Deputado não é profissão", afirma, destacando que a política deve ser um meio, não um fim. Para ele, é essencial que os partidos estejam "grudados na população", ouvindo seus anseios e sendo solidários com suas lutas.

A luta pela igualdade de gênero e o trabalho invisível das mulheres

Um dos pontos mais destacados por Falcão é a necessidade de valorizar o trabalho invisível das mulheres, que, segundo ele, representa cerca de 20% do PIB brasileiro. Ele critica a falta de políticas que reconheçam e remunerem o trabalho doméstico e de cuidado, realizado majoritariamente por mulheres. "Se isso fosse computado no PIB, daria mais ou menos 20%", afirma, defendendo que essa questão seja incorporada às políticas públicas. Além disso, ele questiona a desigualdade nas licenças maternidade e paternidade, sugerindo que a sociedade não se oporia a uma divisão mais justa desses direitos.

Racismo no esporte e a omissão das autoridades

Falcão também aborda a questão do racismo no esporte, citando o caso do jovem jogador do Palmeiras que foi vítima de preconceito racial. Ele contrasta a postura do primeiro-ministro da Espanha, que se manifestou publicamente contra o racismo sofrido por Vinicius Júnior, com a omissão das autoridades brasileiras. "Infelizmente, nós não tivemos uma manifestação do nosso Ministro dos Esportes na época", lamenta, destacando a importância de gestos simbólicos e de solidariedade pública.

A necessidade de reinventar os partidos

O ex-deputado alerta para o risco de partidos que não se reinventam. "Se os partidos não se dão conta, eles não são eternos", afirma, lembrando que a história política está repleta de exemplos de organizações que perderam relevância por não se adaptarem às mudanças sociais. Ele cita o livro *O Alfaiate de Ulm*, que narra a degradação do Partido Comunista Italiano, como uma metáfora para a necessidade de os partidos manterem a conexão com as lutas reais da população e não se limitarem à política institucional.

Um chamado à ação

Mais do que uma análise, o depoimento de Rui Falcão é um chamado à ação. Ele defende que o PT e outros partidos de esquerda precisam avançar na incorporação de lutas que cortam todas as classes sociais, como o combate ao racismo, à desigualdade de gênero e à exploração desmedida do trabalho. "É preciso estar no território, é preciso estar grudado na população", reforça, destacando que a política não pode se resumir a eleições a cada dois anos.

Para Falcão, a transformação social exige um pé na institucionalidade e outro na sociedade. "Parlamento é um meio, não é um fim", conclui, lembrando que a verdadeira mudança só acontece quando os partidos e os políticos estão verdadeiramente conectados com as lutas e os anseios do povo.

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