Preservativos, testes, vacinas e profilaxias pré e pós-exposição são aliados importantes para não esquentar a cabeça mesmo se a folia ficar tórrida!
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Diferentes procedimentos de prevenção, como a testagem rápida, estão disponíveis na rede pública de saúde | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília |
Curta o Carnaval com liberdade, prazer e segurança contra doenças sexualmente transmissíveis e entre na avenida de camisinha, teste, vacina e profilaxia pré e pós-exposição
Edição: Emerson Tormann | Atualidade Política
O Carnaval é uma das festas mais aguardadas do ano, sinônimo de alegria, descontração e, para muitos, de encontros românticos e sexuais. No entanto, o período também exige atenção redobrada com a saúde, especialmente para evitar as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
Além do uso clássico da camisinha, especialistas destacam a importância de testes, vacinas e profilaxias pré e pós-exposição como aliados essenciais para garantir uma folia segura.
Segundo o infectologista Marcos Davi Gomes, do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), a prevenção começa antes mesmo da festa. “Fazer testes para ISTs é fundamental.
Se a pessoa vai com os exames em dia, já sabe se está saudável ou se precisa de tratamento, evitando transmitir infecções que podem ser assintomáticas, como HPV, clamídia e gonorreia”, explica.
Além disso, é importante verificar a carteira de vacinação, já que doenças como hepatite A, hepatite B e HPV têm imunizantes disponíveis gratuitamente no SUS para grupos específicos.
Camisinha: a grande aliada
Na hora da folia, o preservativo continua sendo o método mais eficaz para prevenir ISTs. Disponível em versões masculina e feminina, a camisinha é distribuída gratuitamente na rede pública de saúde. “É essencial sair de casa com uma guardada, pois, na hora da relação, pode ser difícil encontrar”, alerta Gomes. O especialista também recomenda o uso de lubrificantes à base de água e reforça a importância de evitar exageros no consumo de álcool e outras drogas, que podem comprometer a percepção e aumentar os riscos de exposição.
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Preservativos, como a camisinha, são considerados itens essenciais para proteção |
Profilaxias: prevenção antes e depois
Para quem busca uma camada extra de proteção, a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e a Profilaxia Pós-Exposição (PEP) são opções eficazes. A PrEP é indicada para pessoas que se expõem a situações de risco com frequência e deve ser iniciada antes da relação sexual, sob orientação médica. Já a PEP é uma medida de emergência, utilizada após uma exposição de risco, como o não uso de preservativo. “A pessoa tem até 72 horas para procurar um serviço médico e iniciar o tratamento, que dura 28 dias”, detalha o infectologista.
Onde encontrar ajuda?
Testes rápidos, vacinas, preservativos, lubrificantes, PrEP e PEP estão disponíveis gratuitamente na rede pública de saúde, incluindo hospitais, Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Um dos locais mais indicados é o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), que oferece diagnóstico rápido e acolhimento especializado. “Nosso público são pessoas que identificaram alguma situação de exposição sexual. Aqui, elas encontram uma equipe preparada para lidar com questões que ainda são tabu na sociedade”, afirma a enfermeira Leidijany Paz, do CTA.
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A enfermeira Leidijany Paz, do Centro de Testagem e Aconselhamento, lembra: “ O nosso público são pessoas que identificam que tiveram alguma situação de exposição sexual” |
A recomendação é que os foliões visitem as unidades de saúde antes do Carnaval para garantir os insumos de prevenção, como preservativos e testes rápidos — que podem ser feitos em casa. “E, se vacilar e não conseguir se prevenir, é importante procurar ajuda logo após a festa, na quarta-feira de Cinzas”, reforça Leidijany.
Com planejamento e cuidados, é possível curtir o Carnaval com segurança e saúde, garantindo que a única lembrança da folia sejam os bons momentos. Afinal, prevenir é sempre a melhor forma de festejar!
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