Secretaria de Obras do DF moderniza gestão com metodologia BIM, reduzindo tempo de licitação e estabelecendo novo padrão em projetos de infraestrutura
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| "Queremos chegar nas cidades inteligentes de verdade. Queremos que quando um gestor entre em uma secretaria, ele tenha tudo na mão: um cadastro real de todas as infraestruturas do Distrito Federal, não apenas um documento em papel com informações incompletas" afirma Ery Brandi durante o evento #AquiTemTecnologia ReAU BIM. |
Palestra do 24º #AquiTemTecnologia ReAU BIM destaca a inovação do GDF na gestão de obras
Em um movimento inovador, a Secretaria de Obras do Distrito Federal transformou radicalmente sua abordagem técnica ao adotar a metodologia BIM (Building Information Modeling), superando complexos desafios burocráticos e tecnológicos. Sob a liderança do governo Ibaneis, a secretaria passou de um órgão meramente formulador de políticas públicas para uma entidade executiva e tecnicamente avançada.
A transição não foi simples. Antes de 2019, a Secretaria de Obras funcionava predominantemente como um órgão de fomento, com limitada capacidade executiva. Os projetos dependiam da Novacap, uma empresa que atendia múltiplas secretarias, resultando em longos atrasos. Uma licitação para contratação de projetos chegava a levar de um a dois anos para ser concluída.
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| "Somos uma carreira bem técnica. Estamos em todos os órgãos do governo – no Detran, no DER, em todas as áreas técnicas do Distrito Federal. Queremos fazer a cidade melhorar", projeta Ery Brandi. |
A mudança de paradigma envolveu múltiplas frentes. A equipe técnica, composta por engenheiros e arquitetos, mapeou processos internos, identificou riscos e buscou parcerias estratégicas. A Universidade de Brasília (UnB), representada pelo professor Miranda, foi fundamental nesse processo, auxiliando no mapeamento e compreensão da metodologia BIM além do simples uso de software.
Investimentos significativos foram realizados. Com o apoio direto do governo Ibanês, a secretaria investiu 5 milhões de reais para implementar a metodologia, incluindo aquisição de softwares, hardware, consultoria e modernização da infraestrutura de tecnologia da informação.
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| Secretário de Governo José Humbeto Pires recebe reivindicação de cidadão brasilienses durante inauguração de obra do novo complexo viário do Riacho Fundo - Foto: Lúcio Bernardo Jr. / Agência Brasília |
O secretário de Governo, José Humberto Pires, desempenhou um papel determinante na implementação da metodologia BIM no Governo do Distrito Federal (GDF). Ao abraçar essa causa e defendê-la com afinco, ele foi fundamental para tornar o BIM o padrão oficial nos projetos de infraestrutura.
Sua liderança e visão estratégica permitiram a destinação de recursos significativos e o alinhamento das equipes para viabilizar a transformação digital na gestão de obras.
Esse esforço resultou em avanços expressivos na eficiência dos processos, na elaboração de projetos de qualidade superior e na entrega de obras que atendem melhor às demandas da sociedade, estabelecendo um marco na gestão pública do Distrito Federal.
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| "A metodologia BIM não é só um software. É sobre construção, é sobre projetar. É muito da nossa área profissional de engenharia e arquitetura. Somos nós os responsáveis por implantar, estudar, entender, projetar, fiscalizar obras e continuar cuidando dos ativos", enfatiza Ery Brand, Analista de Carreira de Planejamento Urbano e Infraestrutura do GDF. |
Um dos principais desafios era capacitar profissionais. Muitos órgãos públicos já possuíam equipamentos e softwares, mas careciam de entendimento metodológico. A equipe priorizou a formação técnica, enfatizando que BIM não é apenas uma ferramenta tecnológica, mas uma abordagem profissional que requer conhecimento especializado em engenharia e arquitetura.
Os resultados foram impressionantes. O tempo de licitação foi reduzido de um ano e meio para apenas 120 dias. A secretaria criou um manual de projetos de urbanismo e infraestrutura, demonstrando um compromisso com a eficiência e a inovação.
A implementação do BIM no Distrito Federal representa mais do que uma simples modernização tecnológica. Simboliza uma transformação cultural na administração pública, onde técnicos comprometidos, apoiados por uma gestão visionária, podem promover mudanças significativas em processos tradicionalmente lentos e burocráticos.
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