As emissões de gases de efeito estufa (GEE) na matriz de combustíveis brasileira tiveram um crescimento de 6,52% no terceiro trimestre de 20...
As emissões de gases de efeito estufa (GEE) na matriz de combustíveis brasileira tiveram um crescimento de 6,52% no terceiro trimestre de 2022, em comparação com o mesmo período de 2021, mostra ferramenta do Observatório de Bioeconomia da FGV.
Nos últimos três meses do ano passado, as emissões de CO2eq alcançaram 27,3 milhões de toneladas devido ao aumento do consumo de combustíveis do ciclo Otto, especialmente a gasolina.
- Em 2022, a redução do ICMS contribuiu para o aumento de preços do etanol e resultou em queda de 15,7% nas vendas do biocombustível, em relação a 2021, favorecendo o consumo de gasolina.
- O market share dos biocombustíveis no total de energia consumida pelos veículos leves totalizou 36,43% no terceiro trimestre, apresentando ligeira retração na comparação com o índice apurado em 2021 (37,45%).
Lançado na semana passada, o relatório da FGV revela que no terceiro trimestre do ano passado foram consumidos 416 bilhões de MJ pelos veículos leves, representando aumento de 5,74% na comparação com o consumo energético registrado no mesmo período de 2021.
Isto significa que, apesar do ganho de eficiência energético-ambiental na produção de biocombustíveis, o aumento do consumo e a retração na participação dos renováveis na matriz nacional promoveram crescimento das emissões de GEE.
Entre os estados, a variação da intensidade média de carbono dos combustíveis leves é bastante elevada.
Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e São Paulo – regiões produtoras – têm maior participação da bioenergia e menor quantidade de emissões por megajoule de veículos leves.
A bioenergia está mais eficiente. As emissões de GEE evitadas pela presença de bioenergia melhoraram em 3,46% no período, evitando que cerca de 9 milhões de toneladas de CO2eq fossem lançadas na atmosfera – ou o equivalente ao plantio de 22,1 mil hectares de árvores nativas.
No etanol anidro (misturado à gasolina), a intensidade média de carbono (IC) atingiu 26,48 gCO2eq/MJ, queda de 1,19% na comparação com o último trimestre de 2021.
Enquanto o hidratado (concorrente da gasolina), alcançou 28,54 gCO2eq/MJ, com redução de 0,94% na comparação com a IC do ano anterior.
Os autores do estudo explicam que essa redução na IC dos biocombustíveis está relacionada ao ganho de eficiência nas empresas que recertificaram a sua produção.
Até o final do trimestre, cerca de 65 unidades produtoras de etanol – de um total de 284 – haviam realizado nova certificação da produção. Dessas, 46 empresas apresentaram ganho de eficiência e redução na intensidade de carbono.
Em Davos… o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, se reúne com o ex-vice-presidente dos EUA Al Gore no Fórum Econômico Mundial nesta quinta (19/1) para apresentar a agenda ambiental do estado.
Ao longo da semana, Tarcisio também teve reuniões bilaterais com bancos multilaterais de investimentos, CEOs globais de empresas e autoridades de países, da OCDE e da ONU.
O encontro com o prêmio Nobel da Paz encerra os compromissos na Suíça. Segundo a assessoria do governador, objetivo é mostrar que o estado possui o maior mercado de economia verde do país.
Lounge elétrico. O maior projeto de mobilidade elétrica da América Latina voltado para motoristas de aplicativo avança em São Paulo e entrega dois lounges para carregamento de veículos elétricos.
Parceria entre Zarp Localiza, Uber, Carrefour Property, Mobilize, Raízen e Tupinambá instalou espaços nas lojas Carrefour Giovanni Gronchi e Imigrantes.
Cada lounge é equipado com duas estações de carregamento ultrarrápidas de 24 KW a 30 KW de potência, que permitem carregar cerca de 80% da bateria em 40 minutos, em média. Também contam com poltronas para descanso, tomadas para carregar o celular e wi-fi.
Bioeletricidade com certificado. A União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) emitiu esta semana o Selo Energia Verde, do Programa de Certificação de Bioeletricidade, para a comercializadora de energia do Itaú Unibanco. É a primeira comercializadora a receber a certificação em 2023.
Geração com eucalipto. A Unilever começou a gerar energia renovável com biomassa de eucalipto para a produção na sua fábrica de detergente em pó em Indaiatuba (SP). Com investimento de R$ 48 milhões, a energia renovável deverá reduzir a emissão de 37 mil toneladas de CO2 por ano. A instalação recebeu a certificação de “4ª Revolução Industrial Avançada” pelo Fórum Econômico Mundial.
Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília. Nova rota de ônibus começou a operar na área central de Brasília em 2017.
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