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Estudo do IPEDF faz panorama sobre as necessidades das pessoas com Síndrome de Down no DF

81,21% dos integrantes deste grupo precisam de acompanhamento regular especializado em oftalmologia O Instituto de Pesquisa e Estatística do...

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81,21% dos integrantes deste grupo precisam de acompanhamento regular especializado em oftalmologia


O Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) acaba de divulgar o “Levantamento do perfil sociodemográfico, necessidades e barreiras de acesso a serviços públicos por pessoas com síndrome de Down no Distrito Federal” – um estudo sobre a ocorrência congênita síndrome de Down, epilepsia e síndromes epilépticas idiopáticas no Distrito Federal. A pesquisa, realizada com 666 pessoas, mostrou as demandas dessa população nas mais diversas áreas: saúde, educação e mercado de trabalho, entre outras.

Um recorte da pesquisa mostrou que na área de saúde, por conta da síndrome, 81,21% dos integrantes desse grupo precisam de acompanhamento regular especializado em oftalmologia. De acordo com a doutora Isabela Rita, médica do Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB), empresa do grupo Opty, entre os problemas oculares mais comuns estão os erros de refração como hipermetropia, miopia e astigmatismo; estrabismo; glaucoma infantil; nistagmo (oscilações repetidas e involuntárias rítmicas de um ou ambos os olhos). “Claro que estes são problemas que podem acometer qualquer criança, mas tendem a ser acentuadas nos pacientes com essa condição genética, em especial. Para se ter uma ideia, a Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica estima que entre 20% e 60% dos indivíduos com síndrome de Down têm estrabismo, sendo o estrabismo convergente, quando o olhar se desvia para dentro, em direção ao nariz, mais comum. Porém o tratamento adequado, seja com tampão, cirurgia ou óculos, pode melhorar o quadro”, explica a especialista.

De acordo com documento divulgado pelo Movimento Down, aproximadamente 40% das crianças com Síndrome de Down em idade pré-escolar têm hipermetropia, que pode estar associada a um estrabismo convergente; 30% têm astigmatismo, quando a imagem vista é distorcida porque fica mais fora de foco em uma direção do que na outra, e 14% são míopes, conseguem ver objetos próximos, mas têm problemas para ver à distância. A médica ressalta também que portadores da Síndrome de Down precisam usar óculos com mais frequência que o restante da população porque, independentemente de terem problemas de refração, eles têm dificuldade em focalizar objetos. “E como a visão influencia diretamente no desenvolvimento neuropsicomotor e a aprendizagem, é fundamental cuidar dessas alterações o quanto antes”, alerta.

O Dr. Emerson Dutra, especialista em catarata do Visão Hospital de Olhos – empresa do Grupo Opty no DF - acrescenta que a catarata, mais comum em pessoas idosas, também pode se desenvolver mais cedo em indivíduos com essa condição. O Teste do Olhinho, feito nos recém-nascidos, pode detectar o problema, denominado catarata congênita. “Caso não identificada logo, alguns bebês podem comprometer a visão do olho afetado”, afirma. Outra doença que é mais comum nessa população é o ceratocone, que é uma alteração cônica da córnea, manifestado por uma diminuição da acuidade visual devido o astigmatismo irregular. Em alguns casos, devido ao formato peculiar da pálpebra, podem apresentar uma rotação interna dos cílios que desencadeia o que chamamos de ceratite, que nada mais é do que uma inflamação da córnea que pode atrapalhar a visão e causar desconforto. “Se não bem tratada, esse tipo de inflamação pode agravar e levar a uma úlcera de córnea que, dependendo do caso, pode até requerer uma cirurgia”, adverte o médico

Segundo o oftalmologista, esta população ainda apresenta um risco aumentado de glaucoma infantil (pressão elevada dentro do olho), que pode ser detectado a partir dos seis meses. Também são mais comuns os casos de lacrimejamento, devido à obstrução do canal da lágrima, ou pelo mal posicionamento dos cílios, em razão dos olhos dos portadores serem mais puxados. Eles também sofrem bastante com a blefarite, uma inflamação das pálpebras que pode criar crostas ao redor dos cílios, causando sensação de secura ou queimação. “Por isso, as idas regulares ao oftalmologista são tão importantes. A primeira consulta oftalmológica deve se realizar durante os três primeiros meses de vida, se repetir aos seis e 12 meses e depois disso precisam ser uma rotina anual. Assim, é possível detectar as doenças prematuramente. A prevenção é sempre a melhor opção para garantir a qualidade de vida desses indivíduos”, finaliza o Dr. Emerson Dutra.

Fonte:http://www.movimentodown.org.br/wp-content/uploads/2015/06/Vis%C3%A3o-jun15-IMPRESS%C3%83O.pdf

Foto: Freepik

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