Há pouco mais de um mês a faixa principal do 5G – nova tecnologia de internet móvel que pode ser até 100 vezes mais veloz que a 4G – chegou ...
Há pouco mais de um mês a faixa principal do 5G – nova tecnologia de internet móvel que pode ser até 100 vezes mais veloz que a 4G – chegou ao Brasil. A primeira cidade a receber foi Brasília, no dia 6 de julho, seguida por Porto Alegre, João Pessoa, Belo Horizonte, São Paulo, Curitiba, Salvador e Goiânia. Desde então os usuários se perguntam onde a nova internet pode ser acessada em sua cidade e qual o alcance das antenas. É preciso lembrar, primeiro, que a implementação do 5G segue um cronograma, que só será completado em 2029.
Segundo as exigências da Anatel, até 29 de setembro de 2022 as empresas de telefonia precisam disponibilizar uma estação para cada 100 mil habitantes nas capitais do país. Mas o número de antenas pode não ser suficiente para atender a cidade inteira. Brasília, que tem uma área pequena comparada às demais capitais, prevê uma cobertura de 80% já nessa primeira leva.
São Paulo, com uma área bem superior, tem uma abrangência inicial de aproximadamente 25%. Grande parte das estações dessas antenas estão concentradas nos bairros do centro de São Paulo, como Liberdade, Sé, Santa Efigênia, Paraíso e Consolação, além de bairros nobres da zona sul, como Cidade Jardim, Butantã, Morumbi, Vila Mariana, Vila Clementino e Pinheiros.
Pelo cronograma da Anatel, em julho 2025 a mancha de cobertura deve alcançar toda a cidade, já que a exigência aumenta para uma antena a cada 10 mil habitantes. Os editais do 5G também deixam claro que todas as cidades brasileiras com mais de 30 mil habitantes devem ter acesso à nova tecnologia de internet móvel até 2029.
Homero Salum, diretor de Engenharia da TIM Brasil, observa que nesta primeira fase do 5G o número de antenas está superando o mínimo exigido e que, em breve, as capitais vão experimentar uma cobertura ainda maior da nova tecnologia.
“Brasília foi a primeira cidade a receber o serviço 5G com um investimento que superará 200 antenas ao longo do ano. Na última semana, Belo Horizonte, João Pessoa, Porto Alegre e São Paulo foram contempladas com o 5G standalone e a cobertura da Tim nessas cidades supera o número exigido pela Anatel. Em São Paulo, a Tim está com o 5G presente em 100% dos bairros”, destaca Salum.
Para sanar a dúvida dos usuários, o Brasil61.com preparou um especial para explicar em que cidades o 5G está presente, bem como os bairros onde o sinal é captado.
Onde encontrar o 5G nas capitais
Brasília
A tecnologia 5G chegou primeiro à capital do Brasil com pouco mais de 320 antenas 5G instaladas pelas operadoras Claro, TIM e Vivo. A maior concentração de estações está na região central, além de Asa Sul, Asa Norte, Lago Sul e Lago Norte, mas as empresas garantem que o sinal também chega em Águas Claras, Ceilândia, Cruzeiro, Gama, Guará, Noroeste, Recanto das Emas, Samambaia, Santa Maria, Setor de Indústria e Abastecimento, Taguatinga e Vicente Pires.
Belo Horizonte
Segundo as operadoras, o sinal está disponível em 56 bairros de Belo Horizonte, com expectativa de expansão para 70 bairros em todas as regiões da cidade ainda em 2022. A melhor captação da tecnologia foi detectada em Savassi, Lourdes, Santo Agostinho, Boa Viagem, Ouro Preto, Bandeirantes, São Bento, Barragem Santa Lúcia, Minaslândia, Alípio de Melo, Manacás, Providência, São Gonçalo, São Bernardo, Heliópolis, Paraíso e Hospital da Baleia.
Porto Alegre
A capital tem, segundo a Anatel, 103 estações 5G ativadas, quantidade 80% acima do mínimo exigido, atendendo em torno de 40 bairros inicialmente. De acordo com a prefeitura, Porto Alegre ainda tem 291 estações de 4G licenciadas que podem receber a infraestrutura do 5G e mais de 140 mil pontos autorizados (placas de rua, postes de iluminação, paradas de ônibus) para ampliar o sinal em breve. A Claro disponibiliza o 5G em 12 bairros da cidade, enquanto a TIM, em 33 deles. A Vivo não informou a cobertura de suas antenas para a tecnologia. O sinal está presente principalmente em bairros como Centro, Menino Deus, Santana, Independência, Moinhos de Vento, Floresta, Sarandi, Higienópolis e Rubem Berta.
João Pessoa
O número mínimo de antenas em São Paulo para atingir a meta inicial exigida era de 462 antenas, mas a cidade já tem, segundo dados da Anatel, mais de 1.400 delas cadastradas para emitir a tecnologia. Mesmo assim, o sinal só tem uma boa captação na região central, em bairros como Liberdade, Sé, Santa Efigênia, Paraíso e Consolação, além de bairros nobres da zona sul, como Cidade Jardim, Butantã, Morumbi, Vila Mariana, Vila Clementino e Pinheiros. As operadoras prometem 5G em boa parte da cidade: Claro em 52 bairros da capital paulista, Vivo em 54 e a TIM em 96.
Curitiba, Goiânia e Salvador
As três últimas capitais a receberem a novidade também tiveram a maioria das antenas instaladas nas áreas centrais. Curitiba recebeu 210 novas antenas para atender 75 bairros com a internet de quinta geração. Goiânia, que ainda não tem uma nova lei de antenas aprovada e só pode instalar onde já há estruturas de 4G, ganhou 100 equipamentos específicos para levar o 5G a 130 bairros. E Salvador conta com 193 novas estações que vão disponibilizar a tecnologia em 77 bairros.
Impacto do 5G
A nova geração de internet móvel evoluiu ainda mais os sistemas da Internet das Coisas (IoT), otimizando a conectividade das máquinas, melhorando as formas de interação e aumentando a velocidade e a segurança na troca de dados. A tecnologia que vai permitir a comunicação não somente entre as pessoas, mas sobretudo, entre máquinas, otimizando o setor produtivo em toda a cadeia.
Segundo o Ministério da Economia, a chegada do 5G ao Brasil também traz uma demanda por soluções que têm o potencial de gerar R$ 101 bilhões nos próximos 10 anos apenas no mercado de softwares. E a utilização de soluções 5G pode proporcionar um benefício de R$ 590 bilhões por ano para os mais diversos setores da economia, como indústria, educação, saúde e transporte.
Homero Salum, diretor de Engenharia da TIM Brasil, explica que além de mais opções ao consumidor comum, a chegada do 5G já começa uma revolução em diversos setores, como a indústria, que vai evoluir graças à possibilidade de um grande volume de dados e tempo de resposta baixíssimo, e a medicina, quando médicos poderão fazer cirurgias inclusive à distância, de qualquer parte do mundo.
“No 5G, o tempo de resposta entre a emissão e a recepção de uma informação, a chamada latência, vai permitir, por exemplo, que um cirurgião opere com precisão um paciente de forma remota. A mesma característica vai possibilitar que carros dirijam a si mesmos sem necessidade de um motorista. O 5G também vai automatizar ainda mais o nosso campo, o nosso agronegócio. Na indústria, o que vai gerar máquinas e equipamentos para toda essa conectividade, o impacto será revolucionário”, explica. Com informações de Brasil 61
Porto Alegre
A capital tem, segundo a Anatel, 103 estações 5G ativadas, quantidade 80% acima do mínimo exigido, atendendo em torno de 40 bairros inicialmente. De acordo com a prefeitura, Porto Alegre ainda tem 291 estações de 4G licenciadas que podem receber a infraestrutura do 5G e mais de 140 mil pontos autorizados (placas de rua, postes de iluminação, paradas de ônibus) para ampliar o sinal em breve. A Claro disponibiliza o 5G em 12 bairros da cidade, enquanto a TIM, em 33 deles. A Vivo não informou a cobertura de suas antenas para a tecnologia. O sinal está presente principalmente em bairros como Centro, Menino Deus, Santana, Independência, Moinhos de Vento, Floresta, Sarandi, Higienópolis e Rubem Berta.
João Pessoa
Em João Pessoa foram ativadas 50 estações de transmissão do 5G atendendo principalmente 17 bairros: Altiplano, Bessa, Brisamar, Cabo Branco, Centro, Cidade Universitária, Ipês, Jardim Luna, Jardim Oceania, Jardim Treze de Maio, Manaíra, Tambauzinho, Torre, Aeroclube, Bairro dos Estados, Miramar e Tambaú.
São Paulo
São Paulo
O número mínimo de antenas em São Paulo para atingir a meta inicial exigida era de 462 antenas, mas a cidade já tem, segundo dados da Anatel, mais de 1.400 delas cadastradas para emitir a tecnologia. Mesmo assim, o sinal só tem uma boa captação na região central, em bairros como Liberdade, Sé, Santa Efigênia, Paraíso e Consolação, além de bairros nobres da zona sul, como Cidade Jardim, Butantã, Morumbi, Vila Mariana, Vila Clementino e Pinheiros. As operadoras prometem 5G em boa parte da cidade: Claro em 52 bairros da capital paulista, Vivo em 54 e a TIM em 96.
Curitiba, Goiânia e Salvador
As três últimas capitais a receberem a novidade também tiveram a maioria das antenas instaladas nas áreas centrais. Curitiba recebeu 210 novas antenas para atender 75 bairros com a internet de quinta geração. Goiânia, que ainda não tem uma nova lei de antenas aprovada e só pode instalar onde já há estruturas de 4G, ganhou 100 equipamentos específicos para levar o 5G a 130 bairros. E Salvador conta com 193 novas estações que vão disponibilizar a tecnologia em 77 bairros.
Próximas capitais a receber
Curitiba, Salvador e Goiânia foram as últimas a receber o sinal 5G puro. A partir desta segunda-feira (22), a tecnologia será ativada no Rio de Janeiro (RJ), Vitória (ES), Florianópolis (SC) e Palmas (TO).
A Anatel ainda não divulgou as datas para as demais capitais onde a faixa da quinta geração de internet móvel será disponibilizada. Isso porque as cidades precisam passar por um processo de limpeza da faixa, tirando o sinal da TV por antena parabólica que estava na faixa 3,5 GHz e migrando para outra banda (da C para a Ku). Isso também significa que quem assiste TV aberta usando antena parabólica convencional terá que trocar o seu equipamento para continuar usufruindo da sua programação. E a Anatel só pode liberar o 5G em uma capital após a distribuição desse equipamento às pessoas que fazem parte de algum programa do governo federal, como o CadÚnico. Para esse público, o kit é gratuito e será instalado pela Siga Antenado, ação financiada por parte do dinheiro do leilão do 5G.
Curitiba, Salvador e Goiânia foram as últimas a receber o sinal 5G puro. A partir desta segunda-feira (22), a tecnologia será ativada no Rio de Janeiro (RJ), Vitória (ES), Florianópolis (SC) e Palmas (TO).
A Anatel ainda não divulgou as datas para as demais capitais onde a faixa da quinta geração de internet móvel será disponibilizada. Isso porque as cidades precisam passar por um processo de limpeza da faixa, tirando o sinal da TV por antena parabólica que estava na faixa 3,5 GHz e migrando para outra banda (da C para a Ku). Isso também significa que quem assiste TV aberta usando antena parabólica convencional terá que trocar o seu equipamento para continuar usufruindo da sua programação. E a Anatel só pode liberar o 5G em uma capital após a distribuição desse equipamento às pessoas que fazem parte de algum programa do governo federal, como o CadÚnico. Para esse público, o kit é gratuito e será instalado pela Siga Antenado, ação financiada por parte do dinheiro do leilão do 5G.
Qual o alcance das antenas?
Neste primeiro momento, onde há apenas a obrigatoriedade de uma antena para cada 100 mil habitantes, os usuários vão experimentar oscilações na conexão, principalmente se estiverem em movimento. Isso porque a pouca quantidade de estações vai deixar “buracos” na mancha de cobertura.
Segundo a Anatel, o raio típico de cobertura de uma estação 5G na faixa de 3,5 GHz é de aproximadamente 300 metros. No entanto, a cobertura real pode ser menor ou maior em função da faixa de frequência utilizada, parâmetros técnicos configurados em cada estação e do ambiente eletromagnético em que o terminal está. Isso significa que a área de abrangência do sinal depende de fatores como relevo, vegetação, presença de construções, temperatura e umidade, por exemplo.
De acordo com a Associação Brasileira de Infraestrutura para Telecomunicações (Abrintel), cada antena pode oferecer o sinal de 5G em um raio de até 600 metros caso não haja obstáculos, como prédios. “O normal, neste início, é que o sinal oscile entre o 5G e o 4G, principalmente se o usuário estiver em trânsito”, explica Luciano Stutz, presidente da associação. “A gente vai ver agora, a partir do uso, sendo densificado, ou seja, entre duas torres que hoje já tem uma antena vão colocar mais antenas, que é o ‘cinco vezes mais’ que precisa, para cobrir exatamente aqueles buracos de cobertura que tem entre uma estação e outra. E com mais telefones que vão surgindo e consumindo mais, você precisa adensar com mais capacidade.”
Neste primeiro momento, onde há apenas a obrigatoriedade de uma antena para cada 100 mil habitantes, os usuários vão experimentar oscilações na conexão, principalmente se estiverem em movimento. Isso porque a pouca quantidade de estações vai deixar “buracos” na mancha de cobertura.
Segundo a Anatel, o raio típico de cobertura de uma estação 5G na faixa de 3,5 GHz é de aproximadamente 300 metros. No entanto, a cobertura real pode ser menor ou maior em função da faixa de frequência utilizada, parâmetros técnicos configurados em cada estação e do ambiente eletromagnético em que o terminal está. Isso significa que a área de abrangência do sinal depende de fatores como relevo, vegetação, presença de construções, temperatura e umidade, por exemplo.
De acordo com a Associação Brasileira de Infraestrutura para Telecomunicações (Abrintel), cada antena pode oferecer o sinal de 5G em um raio de até 600 metros caso não haja obstáculos, como prédios. “O normal, neste início, é que o sinal oscile entre o 5G e o 4G, principalmente se o usuário estiver em trânsito”, explica Luciano Stutz, presidente da associação. “A gente vai ver agora, a partir do uso, sendo densificado, ou seja, entre duas torres que hoje já tem uma antena vão colocar mais antenas, que é o ‘cinco vezes mais’ que precisa, para cobrir exatamente aqueles buracos de cobertura que tem entre uma estação e outra. E com mais telefones que vão surgindo e consumindo mais, você precisa adensar com mais capacidade.”
Impacto do 5G
A nova geração de internet móvel evoluiu ainda mais os sistemas da Internet das Coisas (IoT), otimizando a conectividade das máquinas, melhorando as formas de interação e aumentando a velocidade e a segurança na troca de dados. A tecnologia que vai permitir a comunicação não somente entre as pessoas, mas sobretudo, entre máquinas, otimizando o setor produtivo em toda a cadeia.
Segundo o Ministério da Economia, a chegada do 5G ao Brasil também traz uma demanda por soluções que têm o potencial de gerar R$ 101 bilhões nos próximos 10 anos apenas no mercado de softwares. E a utilização de soluções 5G pode proporcionar um benefício de R$ 590 bilhões por ano para os mais diversos setores da economia, como indústria, educação, saúde e transporte.
Homero Salum, diretor de Engenharia da TIM Brasil, explica que além de mais opções ao consumidor comum, a chegada do 5G já começa uma revolução em diversos setores, como a indústria, que vai evoluir graças à possibilidade de um grande volume de dados e tempo de resposta baixíssimo, e a medicina, quando médicos poderão fazer cirurgias inclusive à distância, de qualquer parte do mundo.
“No 5G, o tempo de resposta entre a emissão e a recepção de uma informação, a chamada latência, vai permitir, por exemplo, que um cirurgião opere com precisão um paciente de forma remota. A mesma característica vai possibilitar que carros dirijam a si mesmos sem necessidade de um motorista. O 5G também vai automatizar ainda mais o nosso campo, o nosso agronegócio. Na indústria, o que vai gerar máquinas e equipamentos para toda essa conectividade, o impacto será revolucionário”, explica. Com informações de Brasil 61
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