Baixa cobertura vacinal preocupa especialistas. Crianças com menos de cinco anos estão no grupo de maior risco. Infectologista explica quai...
Baixa cobertura vacinal preocupa especialistas. Crianças com menos de cinco anos estão no grupo de maior risco. Infectologista explica quais vacinas devem ser aplicadas contra as formas bacterianas da doença
Vinte e quatro de abril é o Dia Mundial do Combate à Meningite. Data que reforça a importância de conscientizar a população sobre essa grave doença infectocontagiosa, causada por vírus, bactéria ou fungo. A mais preocupante é a meningite bacteriana, principalmente a meningocócica que, junto com a pneumocócica, é considerada uma das formas mais graves da doença. Mas a boa notícia é que existe vacina para as meningites causadas por bactérias, porém, a baixa cobertura na imunização dos últimos anos preocupa especialistas.
O que ocorre é um processo inflamatório das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, que pode gerar sequelas cerebrais e físicas, podendo levar a morte. Entre os principais sintomas das meningites bacterianas, que tem como agentes causadores as bactérias meningococos, pneumococos e hemófilos, são mal-estar, febre alta, vômitos, dor de cabeça forte e manchas vermelhas espalhadas pelo corpo. É uma doença contagiosa, e a transmissão ocorre por via respiratória de indivíduo para indivíduo, por meio de gotículas de secreção do nariz e da garganta ao falar ou tossir.
Todas as faixas etárias podem ser acometidas pela doença, porém o maior risco de adoecimento está entre as crianças menores de cinco anos, especialmente as que têm menos de um ano de idade. A doença tem cura, mas o diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso no tratamento e diminuição das sequelas. Porém, a imunização ainda é a melhor forma de evitá-la. Dessa forma, manter a carteira de vacinação em dia é essencial.
“Com a redução de casos de covid-19 e a diminuição do uso de máscaras em alguns ambientes, é muito importante lembrar que a meningite é transmitida por via respiratória. Estar vacinado contra uma doença que pode ser tão grave é fundamental”, reforça a infectologista do Exame Medicina Diagnóstica/Dasa,
Maria Isabel de Moraes Pinto.
A infectologista fala também sobre as formas bacterianas da meningite que possuem vacinas. Confira:
BCG: Vacina aplicada nos primeiros dias de vida contra a tuberculose. Uma das funções do imunizante, que deixa uma marquinha no braço na maioria das pessoas para o resto da vida, é a de proteger da meningite tuberculosa. A especialista ressalta que a proteção com esta vacina é especialmente importante nos primeiros dois anos de vida, quando é mais comum a criança desenvolver meningite tuberculosa. Segundo ela, não é necessário repetir a dose.
Haemophilus influenzae tipo b: A imunização contra o Haemophilus influenzae tipo b (Hib) está presente nas vacinas Hexavalente, Pentavalente, que são administradas aos 2, 4, 6 e 15 meses de idade. De acordo com a infectologista Maria Isabel, essa bactéria costumava causar meningite em crianças pequenas, mas com a introdução da vacina em 1998, os casos diminuíram.
Pneumocócica – Também aplicada nos primeiros meses de vida. Protege contra as formas invasivas de pneumococo, como a meningite pneumocócica e a infecção generalizada. “O imunizante é encontrado na rede pública pelo nome de vacina pneumocócica 10-valente. A aplicação é feita em duas doses, com um reforço após a criança completar um ano. Na rede privada, a vacina é conhecida por vacina pneumocócica 13-valente e são três doses: aos dois, quatro e seis meses de vida, com um reforço após um ano de idade”, ressalta Maria Isabel.
Meningite meningocócica C– Bebês entre três e seis meses de vida devem receber a imunização contra a meningite bacteriana com um reforço depois de um ano de idade. “Desde o ano passado, foi introduzida a vacina ACWY na ado… Com informações de Pollyanna Cabral – Re9 Comunicação
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