Capaz de salvar vidas, cada vacina exige um esquema de vacinação e funciona com tecnologias diferentes Atualmente, as vacinas fazem parte de...
Capaz de salvar vidas, cada vacina exige um esquema de vacinação e funciona com tecnologias diferentes
Atualmente, as vacinas fazem parte de nossas vidas desde o nascimento. Elas existem para nos proteger de doenças que vão de um quadro leve a uma evolução grave. Quando uma estratégia de vacinação alcança seus objetivos, algumas doenças podem ser controladas ou até eliminadas. De acordo com o Ministério da Saúde, são consideradas eliminadas as seguintes doenças no Brasil: poliomielite e rubéola.
Apesar de estarmos habituados a tomar vacinas, ainda existem algumas questões que persistem. Para responder a algumas dessas perguntas, infectologista e especialista em vacinas do Exame Imagem e Laboratório/Dasa Maria Isabel de Moraes Pinto esclarece dúvidas sobre esse assunto. Confira:
Como funcionam as vacinas? É sempre por meio de “treinar o sistema imunológico”?
As vacinas, tanto aquelas que são feitas a partir de agentes vivos atenuados quanto aquelas que são feitas a partir de partes desses patógenos, seja vírus ou bactérias, funcionam de uma forma a estimular o sistema imunológico a desenvolver uma resposta contra aquele vírus ou bactéria. Assim, quando a pessoa entrar em contato com o patógeno, ela já vai ter anticorpos e células de defesa que vão impedir o desenvolvimento da doença ou da doença em forma grave.
Nesse sentido, as vacinas treinam o sistema imunológico, ou seja, elas permitem um conhecimento prévio desse vírus ou daquela bactéria, contra o qual a vacina é dirigida, para que o corpo do indivíduo já saiba o que fazer quando encontrar o patógeno selvagem.
Vacinas com vírus ou bactéria inativada podem causar a doença da qual a vacina visa a proteger?
Não, não pode causar a doença porque é o que o nome diz: é uma vacina feita com vírus ou bactérias inativadas. Algumas reações podem ocorrer, mas não a doença causada pelo vírus ou pela bactéria selvagem.
Por que algumas pessoas devem tomar uma segunda dose de algumas vacinas?
Na verdade, algumas pessoas têm que tomar até mesmo uma terceira dose. Esta estimulação repetida e segura é feita para que a resposta imunológica contra aquele vírus ou bactéria seja amplificada a ponto de proteger o indivíduo quando ele entrar em contato com o vírus ou bactéria selvagem. Isso é especialmente importante em vacinas que são de agentes inativados.
Quais vacinas precisam de segunda dose?
Muitas, a maioria delas. Sarampo, caxumba, rubéola, varicela, HPV, hepatite A, hepatite B, rotavírus, difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenzae tipo b, vacinas meningocócicas de maneira geral. Seria mais fácil perguntar quais vacinas não precisam de uma segunda dose, por exemplo: febre amarela em indivíduos que tomam a vacina acima de 5 anos, pois abaixo de 5 anos são necessárias duas doses/ e BCG, que tomamos em dose única ao nascimento.
O que acontece com uma pessoa que não tomar a segunda dose de uma determinada vacina?
Os intervalos entre as doses foram estabelecidos baseados nos estudos clínicos que são feitos antes que uma vacina seja licenciada. Então, quando se diz que existe o intervalo entre doses, que precisa de uma segunda dose, é porque foi feito um estudo em milhares de indivíduos que mostrou que esta era a forma mais eficaz de se adquirir uma proteção. Assim, quem não tomar uma segunda dose não vai estar adequadamente protegido.
Quais são os tipos de vacina contra COVID-19 no Brasil?
No Brasil são quatro as vacinas COVID-19 disponíveis: CoronaVac, AstraZeneca, Janssen e Pfizer. A Coronavac, desenvolvida em parceria com o Instituto Butantan, é produzida a partir de vírus morto, inativado. A AstraZeneca, produzida em parceria com a Fiocruz, é feita de vetor de adenovírus não replicante em que se insere um pedaço do genoma do SARS-CoV-2, que codifica a proteína Spike através da qual o vírus vai entrar na célula. Uma outra vacina que usa esta mesma metodologia é a vacina da Janssen, aquela que permite uma proteção adequada com uma única dose. A vacina Pfizer é feita a partir da tecnologia de RNA mensageiro.
Atendimento móvel
O Exame Imagem e Laboratório possui o serviço de atendimento móvel gratuito. Ou seja, basta agendar e o laboratório irá enviar uma equipe especializada até a residência para realizar a coleta ou a aplicação de vacinas sem cobrar a mais por isso. Mais informações pelo telefone: (61) 4004-3883 ou pelo site: https://bit.ly/3imnyxt
Com informações de Pollyana Cabral - Re9 Comunicação
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