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A força da Engenharia Agrônomica: mapa dos profissionais

Existem no Brasil mais de 1,5 milhões de profissionais ativos cadastrados no sistema CONFEA (Conselho Federal de Engenharia e Agronomia)...


Existem no Brasil mais de 1,5 milhões de profissionais ativos cadastrados no sistema CONFEA (Conselho Federal de Engenharia e Agronomia) e CREA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia). Entre engenharia civil, elétrica, mecânica, são mais de 300 títulos profissionais cadastrados no sistema CONFEA/CREA. A Engenharia Agronômica corresponde à cerca de 7% deste total, com aproximadamente 102 mil profissionais cadastrados, ocupando a terceira posição no ranking das áreas que mais formam profissionais para engenharia no Brasil.

No setor de pesquisa e desenvolvimento (P&D) ou ciência e tecnologia (C&T), a plataforma Lattes, originada no final da década de 1990 do embrião "CV - Genos", contém dados individuais de currículos (CV Lattes) de aproximadamente 5,5 milhões de pessoas cadastradas até março de 2018, divididas em mais de 10 grandes áreas, dentre elas Ciências Agrárias. Dentro da Ciências Agrárias existem mais de 230 mil CVs cadastrados (cerca de 5% do total do CV Lattes) distribuídos em 7 áreas, dentre elas Agronomia. Na área de Agronomia são mais de 90 mil CVs cadastrados (cerca de 2% do total CV Lattes e 40% do total da grande área Ciências Agrárias).

Dos quase 42 mil mestres e doutores cadastrados no CV Lattes em Ciências Agrárias, cerca de 48% são mulheres e 52% homens, atuando em atividades de ensino, pesquisa, administrativas ou técnicas.

Mapear gestores, agentes científicos e tecnológicos é uma etapa importante para o planejamento estratégico de diferentes instituições públicas e privadas. Identificar o potencial regional, assim como demandas e oportunidades para aprimorar competências e habilidades, auxilia tanto na conversão do conhecimento, quanto no aumento do impacto científico, tecnológico e social. O mapa da ciência e tecnologia é uma ferramenta útil para políticas públicas e ações empresariais, auxiliando no planejamento e execução de ações educativas, técnicas, científicas e (ou) tecnológicas, de forma articulada.

No âmbito das pós-graduações lato sensu, que compreendem programas de especialização (ex.: MBA, especializações e mais recentemente alguns cursos na modalidade e-learning), o mapeamento de profissionais por grande área, área, subárea ou especialidade, pode agregar em ações mais efetivas de divulgação, captação e formação. No âmbito das pós-graduações stricto sensu, que compreendem programas de mestrado e doutorado, o mapeamento dos profissionais por local, estado ou mesorregião, pode contribuir para o Mestrado Interinstitucional (Minter), Doutorado Interinstitucional (Dinter), indicadores de egressos ou ações para estimular atividades científicas e tecnológicas de acordo com a especificidade regional. Este tipo de visualização, contendo indicadores de P&D e C&T por grande área, área, subárea ou especialidade, também contribui para orientar a parceria universidade-empresa, além do desenvolvimento do ecossistema inovativo local ou regional para parques científicos, tecnológicos e incubadoras de empresas.

Dentre as vinte e sete unidades da federação, as cinco com maior maior concentração de agrônomo(a)s com doutorado atuando em atividades de pesquisa e (ou) ensino são: Distrito Federal (cerca de 27 para cada 100 mil habitantes), Roraima (7), Mato Grosso e Acre (5), Tocantins (4). Para agrônomo(a)s com mestrado atuando em atividades de pesquisa e ensino os 5 primeiros do ranking são: Distrito Federal (aproximadamente 4 para cada 100 mil habitantes), Tocantins, Santa Catarina, Mato Grosso e Acre ( 2).


Para os profissionais da Engenharia Agronômica com doutorado atuando em atividades administrativas e (ou) técnicas as cinco unidades da federação com maior concentração para cada 100 mil habitantes são: Distrito Federal (7), Roraima (4), Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Acre (3). Quanto aos profissionais com mestrado atuando em atividades administrativas e (ou) técnicas, as cinco maiores concentrações são: Distrito Federal (11), Roraima (10), Mato Grosso (6), Tocantins e Mato Grosso do Sul (5).


Em uma visualização mais abrangente, envolvendo profissionais com mestrado ou doutorado, atuando em atividades de pesquisa, ensino, administrativas e (ou) técnicas, o ranking das unidades da federação com maior número de engenheiro(a)s agrônomo(a)s para cada 100 mil habitantes é: Distrito Federal (49), Roraima (22), Mato Grosso (15), Acre (14), Tocantins (14), Mato Grosso do Sul (13), Rio Grande do Sul (13), Paraná (13), Santa Catarina (11), Paraíba (10), Minas Gerais (10), Goiás (10), Espírito Santo (9), Rio Grande do Norte (8), Piauí (7), Pernambuco (7), Alagoas (7), Amazonas (6), Sergipe (6), Rondônia (6), São Paulo (6), Pará (5), Bahia (5), Ceará (5), Amapá (4), Rio de Janeiro (3) e Maranhão (3).



*O artigo foi originalmente publicado na página do LinkedIn do autor.
Diego Silva Siqueira - Professor Doutor da Unesp/Jaboticabal

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