A campanha à sucessão de Dilma Rousseff ( PT ) pode chegar a um valor que se aproxima de R$ 1 bilhão, segundo pedidos de registro de candid...
A campanha à sucessão de Dilma Rousseff (PT) pode chegar a um valor que se aproxima de R$ 1 bilhão, segundo pedidos de registro de candidatura entregues pelos candidatos à Justiça Eleitoral.
Oito partidos e coligações registraram até a noite de sexta (4) suas candidaturas à Presidência da República no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os líderes nas pesquisas de intenção de voto, porém, ainda não fizeram os registros - a presidente Dilma Rousseff (PT) e o senador Aécio Neves (PSDB). O prazo para sacramentar a candidatura vence no sábado, 5 de julho.
O ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), candidato à Presidência, e sua vice, Marina Silva (Rede), foram pessoalmente ao TSE registrar a candidatura. O limite máximo de gastos de campanha fixado pela chapa foi de R$ 150 milhões - cerca de 30% a mais do que sua vice, Marina Silva, havia informado em 2010, quando disputou a Presidência (já em valores corrigidos pelo IPCA).
Ao final da campanha, Marina declarou à Justiça ter despendido efetivamente R$ 25 milhões (R$ 31,4 milhões em valores atualizados).
Marina também apresentou sua declaração de bens, que somam R$ 135 mil, R$ 14 mil a menos do que em 2010. Ela disse possuir uma casa e seis lotes em Rio Branco (AC), no valor de R$ 102 mil. Seus outros bens são a participação numa firma individual e saldo bancário de R$ 28 mil.
Marina também apresentou sua declaração de bens, que somam R$ 135 mil, R$ 14 mil a menos do que em 2010. Ela disse possuir uma casa e seis lotes em Rio Branco (AC), no valor de R$ 102 mil. Seus outros bens são a participação numa firma individual e saldo bancário de R$ 28 mil.
Campos minimizou o crescimento de quatro pontos percentuais da presidente Dilma Rousseff na última pesquisa Datafolha de intenção de voto, divulgada na noite de quarta-feira. Para ele, o debate eleitoral de fato ainda não começou, a população ainda não se engajou na disputa e o nível de conhecimento dos candidatos é desigual.
Um representante do PSC registrou Pastor Everaldo para presidente, tendo como vice Leonardo Gadelha. O gasto máximo foi definido em R$ 50 milhões.
O PSOL registrou a candidatura de Luciana Genro, com o vice Jorge Leonardo Paz. O limite de gastos de campanha será de R$ 900 mil.
Zé Maria, candidato pelo PSTU, e sua vice Cláudia Alves Durans, estipularam que poderão gastar no máximo R$ 400 mil.
O PCB oficializou a candidatura de Mauro Iasi, com Sofia Pádua Manzano para vice e gastos de campanha de até R$ 100 mil.
Pelo PRTB foi apresentada a candidatura de Levy Fidélix e José Alves de Oliveira para vice. O gasto máximo de campanha é de 12 milhões.
O PV registrou Eduardo Jorge para presidente e, para vice, Célia Sacramento, que é vice-prefeita de Salvador. O gasto máximo de campanha previsto é de R$ 20 milhões.
O último candidato a oficializar no TSE a candidatura foi José Maria Eymael (PSDC), que concorrerá ao Planalto pela quarta vez. Eymael se disse "muito animado" e estipulou o limite de gastos de campanha em R$ 25 milhões.
Segundo a Folha de São Paulo apurou, a campanha do PT vai registrar R$ 298 milhões como limite de gastos.
O valor será usado para a produção do programa de TV – que tradicionalmente é a parte da campanha que gera mais custos–, comandado pelo marqueteiro João Santana, além de custos como eventos e a impressão de material de campanha.
Em 2010, o PT registrou como previsão R$ 157 milhões, mas depois pediu à Justiça um acréscimo do teto, que foi elevado para R$ 191 milhões (R$ 242 milhões em valores atualizados). Ao final da campanha, a petista declarou gasto efetivo de R$ 176,5 milhões (R$ 222,5 milhões).
Juntamente com a documentação, será protocolado o programa de governo da campanha petista.
O documento, revelado pela Folha de São Paulo, excluirá temas polêmicos defendidos pelo PT, como regulação da mídia e pontos sem consenso sobre reforma política.
Já o PSDB afirmou que ainda discutia a previsão de gastos que seria encaminhada à Justiça Eleitoral, mas, nos bastidores, o candidato tucano Aécio Neves afirmava que R$ 290 milhões seria um valor ideal.
Em 2010, o então candidato tucano à Presidência, José Serra (que agora concorrerá ao Senado) registrou um teto de R$ 180 milhões (R$ 228 milhões, atualizados), tendo, ao final da campanha, declarado um gasto efetivo bem menor: R$ 130 milhões (R$ 163 milhões em valores de hoje).
Se esse número do PSDB se confirmar, o valor total de limite de gastos de 9 dos 10 presidenciáveis será de R$ 870 milhões. Pastor Everaldo (PSC), apesar de já ter registrado sua candidatura, ainda não informou à Justiça quanto calcula gastar na eleição.
Fonte: Valor / Folha de São Paulo
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