Presidente condenou, na mensagem de fim de ano, o "mergulho no pessimismo" e os "interesses mesquinhos" No pronunciament...
Presidente condenou, na mensagem de fim de ano, o "mergulho no pessimismo" e os "interesses mesquinhos" No pronunciamento, Dilma condenou o "mergulho no pessimismo" e os "interesses mesquinhos".
— Se alguns setores, seja por que motivo for, instilarem desconfiança, especialmente desconfiança injustificada, isso é muito ruim. A guerra psicológica pode inibir investimentos e retardar iniciativas — disse a presidente, na fala de 10 minutos.
No discurso, Dilma assegurou o compromisso com a manutenção do equilíbrio das contas públicas e do controle da inflação, pontos de fragilidade da gestão da política econômica. A deterioração das contas públicas ao longo do ano foi um dos principais problemas que minaram a confiança dos investidores.
A inflação, por sua vez, também permanece em patamares elevados e as projeções do Banco Central indicam que a presidente Dilma não conseguirá terminar o seu governo com o índice no centro da meta, de 4,5%.
— Sabemos o que é preciso para isso e nada nos fará sair desse rumo — destacou.
Mesmo com as críticas à política fiscal, a presidente disse que o governo teve uma "ação firme" nos gastos, garantindo a saúde fiscal. Ela também afirmou que o governo, mesmo enfrentando duras críticas com o que "não se preocupam com o bolso da população", reduziu impostos e diminuiu a conta de luz.
Numa respostas às críticas de que dialoga pouco com o setor produtivo, Dilma Rousseff disse que está disposta a ouvi-los "em tudo o que for importante para o Brasil". Segundo ela, o caminho mais rápido para todos saírem ganhando é "apostar no Brasil". Ela se defendeu, indiretamente, do baixo ritmo do Produto Interno Bruto (PIB) no seu governo e disse que sempre haverá algo para "fazer", "retocar" e "corrigir".
No pronunciamento, a presidente listou uma série de realizações da sua gestão. Frisou a "luta vigorosa" em defesa do emprego e da valorização salarial do trabalhador. Disse que o país alcançou o "menor índice de desemprego da história", com as menores taxas mundiais.
No ambiente de incertezas para a economia em 2014, ano eleitoral, a presidente procurou passar uma mensagem de otimismo. Ela disse que há motivos para esperar o próximo ano melhor que o de 2013, que a vida do brasileiro vai continuar melhorando, sem risco de desemprego, pagando suas prestações em dia e em condições de abrir sua empresa ou ampliar seu próprio negócio. E frisou que faz a parte dela:
— É para isso que você pega duro no batente todos os dias. É para que o seu esforço traga resultados ainda mais rápidos que cobro todos os minutos um bom desempenho do meu governo.
Mesmo ignorando os protestos de rua que tomaram conta do país a partir do meio do ano, Dilma Rousseff focou parte do seu pronunciamento nos jovens. Segundo a presidente, eles sabem o quanto o "padrão de vida" melhorou em comparação ao que tinham na infância e ao que os seus pais tinham na mesma idade.
— Usem esta fotografia do presente e do passado recente como pano de fundo para projetar o futuro. Esta é a melhor bússola para navegar neste novo Brasil — destacou.
No discurso, a presidente listou as principais ações do seu governo em várias áreas. Na educação, disse que tem feito um esforço "redobrado" para aumentar o número de creches, vagas em escola integral e em universidades, com a ampliação também de bolsas para estudo no exterior pelo programa Brasil Sem Fronteiras. Ela disse que a exploração do pré-sal vai garantir um "grande futuro" ao país com "fabulosos" recursos a serem destinados para a educação e a saúde.
Na área de habitação, chamou o programa Minha Casa, Minha Vida de o "mais exitoso" do gênero no mundo e, no combate à pobreza, destacou o reforço ao Brasil sem Miséria, de repasse de recursos a populações carentes. Ela disse ainda que foi ampliada a luta para melhorar a infraestrutura com parcerias "ampla, justa e moderna" ao setor privado com o programa de concessões para estradas, portos e aeroportos.
Dilma afirmou que o programa Mais Médicos foi um "um dos destaques".
— Hoje já temos 6.658 novos médicos em 2.177 cidades beneficiando cerca de 23 milhões de pessoas. Em março serão 13 mil médicos e mais 45 milhões de brasileiros e brasileiras beneficiados — projetou.
Na fala, no ano em que colegas da antiga cúpula do seu partido, o PT, cumprem pena por prisão por condenações no mensalão, Dilma citou o combate à corrupção sem se alongar. Disse apenas que não abre mão, "em nenhum momento", de apoiar o combate à prática "em todos os níveis".
— Exatamente por isso, nunca no Brasil se investigou e se puniu tanto o malfeito — afirmou.
Imagem 1 - Nova Iorque - EUA, 24/09/2013. Presidenta Dilma Rousseff durante abertura do debate Geral da 68ª Assembleia-geral das Nações Unidas. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Imagem 2 - Nova Iorque - EUA, 25/09/2013. Presidenta Dilma Rousseff durante Encerramento do Seminário Empresarial "Oportunidades em Infraestrutura no Brasil". Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
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